quinta-feira, 19 de novembro de 2015

BIOTECNOLOGIA

Relação entre Biotecnologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade: aspectos positivos e negativos.

De maneira simplificada, podemos dizer que, a Biotecnologia, se trata do conjunto de técnicas em que são utilizados organismos vivos ou partes deles para a obtenção de produtos, ou processos que interessam à espécie humana. Assim, as técnicas de melhoramento animal para a obtenção de um gado do qual se possa conseguir bastante leite ou carne, ou, ainda, os cruzamentos e a seleção de variedades de vegetais mais produtivas, tudo isso pode ser classificado como aplicações da Biotecnologia. Para Guimarães et al. (2008) “A biotecnologia pode ser definida como a aplicação de princípios científicos para o processamento de materiais, através de agentes biológicos, para prover bens e assegurar serviços”.
Essa tecnologia tem um lado bom, que pode ser usado para a melhoria da vida e nosso planeta, mas tem também seu lado ruim, quando não usada dentro de padrões éticos e morais. O campo de atuação dessa nova área do conhecimento é muito grande e tende a aumentar, fazendo com que haja novas descobertas, o que pode influenciar diretamente no meio ambiente, e assim, levando a novas opiniões, contrárias ou não. Para Vásquez (2008):
A biotecnologia se encontra no centro do círculo, que se poderia qualificar de virtuoso, porque recolhe reflexões científicas que acabam na grande variedade disciplinar de suas raízes até as orientações filosóficas e sociológicas relacionadas com a mudança científica e tecnológica, como também, com as preocupações e interesses econômicos e sociais.
Mesmo com tantas contradições, troca de opiniões e novos pensamentos, que surgem quase que diariamente, é impossível não dizer que a Biotecnologia, hoje, alcança grandes níveis de aceitação, pelo de poder contribuir para o desenvolvimento de novas técnicas que podem auxiliar, nos mais diversos pontos. Para Guimarães et al. (2008):
Recentes e contínuos avanços nas ciências da vida estão trazendo uma realidade de que este será o século da biotecnologia. Algumas tecnologias geradas por essa poderosa indústria irão trazer alguns benefícios que desafiarão as políticas governamentais, informações públicas, educação e comportamento social, afetando profundamente as nossas vidas, assim como as tecnologias de informação já o fizeram.
Mas de um modo geral, a Biotecnologia pode ir de encontro a muitas barreiras, difíceis de serem quebradas, por terem como consequência, uma possível danificação no nosso meio ambiente. Vásquez (2008) afirma que:
A desconfiança prevalece como consequência das negativas experiências anteriores, como catástrofes nucleares e marítimas; as graves repercussões climáticas do uso de clorofluorcarbonos e o massivo consumo energético; a acumulação de resíduos, muitos deles perigosos e, na maioria das vezes, nocivos para o entorno; o uso indiscriminado de pesticidas.
O mesmo autor reforça seu pensamento afirmando que:
Esta atitude pessimista penetra por meio de todas as posições ambientalistas, independentemente da maior ou menor racionalidade de suas posturas políticas, o que tem estabelecido um importante princípio de que a implantação de novas tecnologias não supõe só benefícios, mas também, pode estar na base de novos não desejados e nem desejáveis riscos com eventuais prejuízos para a qualidade de vida dos cidadãos. [...] (Vásquez, 2008).

Indiscutivelmente esta temática ainda trará muitos questionamentos, que com certeza dividirá as mais diversas opiniões, tanto no campo científico, como também em outros setores que tendem a ter interesse particular sobre este assunto. Mesmo assim, alguns pontos, relacionadas com a Biotecnologia merecem ganhar destaque, por estarem intimamente ligados a este assunto. Para Vásquez (2008):
Precisa-se ter um melhor esclarecimento sobre o potencial da biotecnologia, revelando o que tem sido desenvolvido em universidades e empresas de pesquisa no mundo, é de fundamental importância para que a população compreenda, absorva e usufrua dos avanços tecnológicos obtidos na área da genética.
Já Guimarães et al. (2008) vai além e afirma que:
A biotecnologia possui infinitas relações com a indústria e a sociedade, podendo ser utilizada em diversos segmentos e trazer muitos benefícios. No entanto, sabemos que as mudanças não são rápidas e que muitos princípios científicos não são facilmente aceitos pela população. Por esse motivo é importante entender o que realmente pode ser considerado um avanço biotecnológico capaz de beneficiar a sociedade em relação ao ambiente daquele que somente trará benefícios econômicos.
Isso tudo nos leva a concluir que embora a Biotecnologia tenha nos últimos tempos nos proporcionado muitas descobertas, vistas por muitos, como de grande relevância para nossa sociedade, muitos ainda acreditam que existem pontos a serem esclarecidos e que precisam ser mais conclusivos para ganhar credibilidade.
Uma coisa é certa a Biotecnologia, mesmo que existamos pontos negativos, que ainda podem ser solucionado, tem proporcionado muitas descobertas que podem ser vistas como revolucionarias e de interesse direto do ser humano, como afirma Vásquez (2008) “a biotecnologia, embora seja uma ciência ainda jovem, já mostrou seu potencial para melhorar a qualidade de vida do homem e do meio ambiente”.
Referências:
JÚNIOR, C. S.; SASSON, S.; JÚNIOR, N. C. Biologia. 9ª. São Paulo: Saraiva, 2010. 181 p.
LOPES, S.; ROSSO, S. Bio. São Paulo: Saraiva, 2010. 391 p.
GUIMARÃES, Marco Cesar Cunegundes; FILHO, Reubes Valério da Gama; CORREIA, Vitor Guimarães. BIOTECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BRASIL, Revista Visões 4ª Edição, Nº4, Volume 1 - Jan/Jun 2008.

VÁSQUEZ, Silvestre Fernández. POSSÍVEIS IMPACTOS DA BIOTECNOLOGIA NO MEIO AMBIENTE, ESPECIALMENTE NA POPULAÇÃO HUMANA, Revista Biociências, Unitau. Volume 14, número 1, 2008.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

PROBLEMAS NO ENSINO APRENDIZAGEM

FALTA DE INTERAÇÃO DOS ALUNOS COM A AULA


INTERAÇÃO PAIS-ESCOLA


NOVAS MANEIRAS DE ENSINAR


ESTRUTURA DA ESCOLA


ACESSO DOS ALUNOS À ESCOLA


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Espaço Livre > Sobre surdos, libras, acessibilidade e notícias equivocadas sobre surdez

Me corta o coração quando um jornalista, escritor ou qualquer outra pessoa cujo trabalho atinge milhares de outras pessoas publica informações equivocadas a respeito do assunto surdos e surdez. É tanta generalização que não sei nem por onde começar. Em primeiro lugar, a parte mais desgastante (e isso é por preguiça de pesquisar o assunto) é ter que ler as seguintes bobagens:

• todo surdo é mudo
• todo surdo se comunica através de LIBRAS
• a língua de sinais é a língua do surdo
• crianças surdas devem estudar em escolas especiais para surdos
• todo surdo precisa de intérprete
• acessibilidade para surdos é a janelinha com o intérprete na TV
• quem nasce surdo vai continuar surdo até o fim da vida
• todo surdo faz parte da “comunidade surda”


Eu sou surda. Eu NÃO me comunico através de Libras. Eu falo. Eu escuto muito bem com aparelhos auditivos. Nunca estudei em escola especial. Não preciso de intérprete. Acessibilidade pra mim tem a ver com legendas nos programas de TV, avisos luminosos em certos locais, atendimento via chat, SMS e coisas assim – aquela janelinha de Libras na TV e chinês pra mim são a mesma coisa. Não faço e nem quero fazer parte de nenhuma “comunidade surda”.

Dá até vontade de perguntar: “entendeu ou quer que eu desenhe??”

Existem surdos sinalizados (estes sim podem se enquadrar nas informações descritas lá em cima no início do post) e surdos oralizados. Surdos oralizados usam aparelhos auditivos ou implantes cocleares (ou não usam nenhum dos dois, inclusive) e são experts em leitura labial. Surdos oralizados falam como qualquer pessoa ‘normal’ (ou melhor, ouvinte). Alguns surdos oralizados também conhecem a Libras e se comunicam com seus amigos/colegas/parentes que são sinalizados através dela – e são considerados bilíngues. Surdos oralizados são pessoas independentes, dominam o português falado e escrito e não necessitam de uma terceira pessoa envolvida na sua comunicação (um intérprete). Surdos oralizados NÃO vivem em função da surdez e NÃO vivem presos a um grupo pequeno de pessoas (a chamada “comunidade surda”).

A sensação que eu tenho quando leio qualquer notícia sobre surdos/surdez que envolva também a Libras é de que a pessoa que escreveu sentiu pena. “Ai, coitadinhos“. Raríssimos são os jornalistas/escritores IMPARCIAIS quando se trata desse assunto. Se existem dois tipos de surdos e os mais variados graus de surdez, vamos esclarecer isso, pôxa! Hoje em dia, ser surdo não significa viver no silêncio – os aparelhos auditivos de última geração e os implantes cocleares estão aí para provar!!

 POR PAULA PFEIFER

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Alguns dos mitos que rodeiam as comunidades surdas



Mito 01: “Os surdos são mudos”
As pessoas não têm conhecimento que surdez e mudez são totalmente diferentes, pois quem é surdo tem total capacidade de falar, mas não falam porque não foram ensinados e também porque não poderiam escutar a sua própria voz e que preferem usar a LIBRAS por ser um meio mais eficiente entre eles de se comunicar. Pois para haver a comunicação oral precisa ter a audição, pois para um diálogo a o emissor e o receptor, se um desses for surdo não irá adiantar utilizar a oralidade porque nada vai conseguir compreender e com a (LIBRAS) os surdos têm essa deficiência superada visto que ele estará se comunicando. 

Mito 02: “Todo o surdo faz leitura labial”
Não é fácil fazer leitura labial, pois o surdo precisa de treinamento e que não é uma habilidade natural deles, como também as línguas de Sinais também precisam ser praticadas para desenvolver com perfeição. Segundo o site da Wikipédia diz que foram feitos alguns estudos que comprovaram que aqueles que são experientes em fazer leitura labial só conseguem captar 50% do que é dito.  

Mito 03: “O gesto é tudo – portanto é fácil entender a linguagem gestual sem aprendizagem”.
Os gestos não são fáceis de se compreender e de se interpretar, pois para aqueles que não têm contato com pessoas surdas, tem mais dificuldades de fazer a interpretação, pois cada movimento feito, mesmo que seja com a mesmas posição dos dedos que está sendo apresentado, mas que fica em direções diferentes e em espaços diferentes da outro significado.